16 de mai. de 2010

BANCADA: Proteínas Totais (Labtest, 2005).

Em seu catálogo de testes, o Labtest oferece a determinação colorimétrica das Proteínas Totais em amostras de soro sanguíneo, líquidos pleurais, sinoviais e ascítico por reação de ponto final.

O exame funciona da seguinte forma, o reagente presente no kit (o Biureto), que possui íons cobre (Cu+2) que está em meio alcalino, quanto misturado a amostra liga-se as ligações peptídicas das proteínas séricas formando um alteração de cor (púrpura), que tem absorbância máxima em 545 nm.

O Reagente de biureto (RB) é um reagente analítico feito de hidróxido de potássio (KOH) e sulfato de cobre (II) (CuSO4), junto com tartarato de sódio e potássio (KNaC4H4O6·4H2O). Este reagente de coloração azul torna-se violeta na presença de proteínas, e muda para rosa quando combinado com polipeptídeos de cadeia curta. O hidróxido de potássio não participa na reação, mas meramente provê um meio alcalino no qual a reação ocorre.

                          

ESQ.: Esquematização molecular do reagente de biureto e DIR: foto do reagente de biureto (fonte: Internet).

O RB é estável, tem elevada sensibilidade tendo resposta positiva à todas as proteínas do soro, principalmente quanto o soro tem concentrações moderadas de bilirrubina e hemoglobina. No entanto, concentrações séricas de triglicérides maiores  que 500 mg/dL podem produzir interferências positivas que podem ser minimizadas utilizando como branco a amostra.

No kit LABTEST (fig. 1) estão presente o reagente de biureto (nº 1 – fig. 2) pronto para uso, padrão (nº 2 – fig. 3) composto por albumina bovina e azida sódica (sal incolor comum em sínteses orgânicas).

    Prototais kit Fig. 1: Kit LABTEST de Proteínas Totais.

CUIDADOS: Não pipetar os reagente coma boca, pois serem corrosivos podem causar queimaduras, e sempre utilizar luvas para realizar os procedimentos. Como nenhum teste conhecido pode assegurar que as amostras não são infectantes, é obrigatório o uso de EPI´s.

Prototais Biureto Fig. 2: Reagente de Biureto do kit, frasco n. 1.

A amostra deve ser de soro e líquidos (pleural, sinovial ou ascítico), sendo esta metodologia não adequada para dosagem das proteínas na urina e no líquor.

Prototais 2 padraoFig. 3: Frasco n. 2 - Padrão

PROCEDIMENTOS: Tomar 3 tubos de ensaio e proceder como a seguir:

  BRANCO TESTE PADRÃO

Amostra

---- 0,02 mL ----

Padrão (n. 2)

---- ---- 0,02 mL

Água Destilada ou deionizada

0,02 mL ---- ----

Reagente de Biureto

1,0 mL 1,0 mL 1,0 mL

Misturar e incubar a 37º C durante 10 minutos (banho-maria – fig. 4). Determinar as absorbâncias do teste e padrão em 545 nm (530 a 550), acertando o zero com o branco. A cor é estável durante 1 hora, ou seja, depois que preparação dos tubos podemos ler no espectrofotômetro até uma hora depois da incubação. Os volumes de amostra e reagente podem ser modificados proporcionalmente sem o prejuízo do teste.

banho maria Fig. 4: Aparelho de incubação (banho-maria).

Após o procedimento realiza-se o cálculo caso o espectrofotômetro não seja semi-automático, pela seguinte conta:

Proteínas Totais = (Abs. do teste / Abs. do padrão) X (4 g/dL).

Sendo que 4 g/dL é a concentração de PTotais do padrão.

Então:

Abs. do teste = 0,405

Abs. do padrão = 0,238

Proteínas totais = (0,405 / 0,238) X 4 g/dL = 6,80 g/dL

Outra conta que pode-se ser utilizada é baseado no intervalo de linearidade, ou seja:

Fator de calibração = 4 g/dL / Abs. do padrão

Utilizando o exemplo anterior:

Fator de calibração = 4 g/dL / 0,238 = 16,80 g/dL

Se a fórmula para Proteínas Totais é:

Proteínas Totais = Absorbância do teste X Fator de calibração (g/dL)

Logo,

Proteínas Totais = 0,405 X 16,80 g/dL = 6,80 g/dL

É aceitável um desvio de ± 10%.

PARA SABER MAIS DETALHES SOBRE AS INSTRUÇÕES DE USO DO KIT PROTEÍNAS TOTAIS, ACESSE: http://www.labtest.com.br

REFERÊNCIA: PROTEÍNAS TOTAIS. Responsável técnico Labtest Diagnóstica S.A. LAGOA SANTA: Labtest, 2005. Bula de Kit.

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