A finalidade deste exame é a determinação do tempo de protrombina (TP) (fig. 1) e medição dos fatores do complexo protrombínico (fatores II, V, VII e X).
Fig. 1. Kit coagulométrico Labtest para TP.
A tromboplastina (fator tissular, fator III) desencadeia o mecanismo de coagulação da via extrínseca formando, com o fator VII, um complexo estequiometricamente (da termodinâmica: mistura perfeita) dependente do cálcio. O fator VII é transformado em uma enzima ativa (fator VIIa), que atua sobre o fator X gerando o fator Xa e este juntamente com fosfolípides do fator tissular, fator Va e cálcio formam o Complexo Ativador da Protrombina, que transforma a protrombina em trombina. Essa, por sua vez, atua sobre o fibrinogênio gerando fibrina. A formação da fibrina é macroscopicamente demonstrada pelo aparecimento de um coágulo. O TP é o tempo necessário para a formação de fibrina a mistura de tromboplastina, plasma e cálcio. Os resultados são obtidos através da comparação entre os tempos de coagulação do plasma de pacientes e do plays de referência, representando a medida da atividade dos fatores do complexo protrombínico (fatores II, V, VII, X).
O reagente PT Hemostasis (fig. 2) contém tromboplastina extraída do cérebro de coelho que tem grande sensibilidade às deficiências isoladas ou combinadas dos fatores II, fator V, fator VII e fator X, quando comparada com outras tromboplastina de cérebro de coelho.
Fig. 2. Frascos de reagente n. 1. pertencentes ao kit PT Hemostasis da Labtest.
Metodologia deste exame é coagulométrica – QUICK.
O componente do kit é o reagente 1 que contém material liofilizado contendo extraído de cérebro de coelho >2% em tampão tricina (tipo de aminoácido derivado da glicina, utilizado como tampão quando não é possível utilizar tampão fosfato), azida sódica e demais estabilizadores (fig. 3).
Preparo do reagente: Adicionar ao frasco do reagente n.1 o volume exta de água tipo II indicado no rótulo (fig. 3). Recolocar a tampa e homogeneizar suavemente e deixar em repouso a temperatura ambiente (entre 15 a 25°C) durante 15 minutos. Antes de utilizar, homogeneizar suavemente, não agitando por inversão ou vigorosamente.
Fig. 3. Frascos dos reagentes do kit PT HEMOSTASIS, no frasco da esquerda o extrato liofilizado, e o frasco da direita o reagente já pronto para uso em sua forma líquida quando é adicionada a água tipo II.
Precauções e cuidados especiais: Utilizar EPI´s devido a natureza tóxica da azida sódica e cuidados habituais em relação ao risco biológico da amostra.
Material necessário para realização do exame: Banho-maria, Pipetas e cronômetro.
Na prova de TP o cronômetro é o principal instrumento pois através dele que iremos mensurar o tempo da coagulação do plasma citratado.
Amostra: Plasma colhido em citrato trissódico anidro.
Interferências analíticas: Amostra ictéricas, lipêmicas e hemolisadas podem modificar os resultados de modo imprevisível.
PROCEDIMENTO
1. ter um pool de plasma citratados obtidos de, no mínimo, 3 indivíduos sadios (não será necessário na hora da prática no H119 e na prova).
2. Realizar o teste em tubos de vidro rigorosamente limpos.
3. A temperatura do banho-maria deve estar entre 36-38°C (fig. abaixo).
4. Incubar 0,1 mL do plasma a ser medido (referência, controle ou paciente) por no mínimo um minuto e no máximo 10 minutos.
5. Adicionar 0,2 mL do Reagente 1 (previamente aquecido a 37 °C) e disparar simultaneamente cronômetro. Misturar suavemente e manter no banho-maria por 9 segundos.
6. Remover o tubo, incliná-lo sucessivamente em intervalos menores que 1 segundo e observar a formação de um coágulo que interrompe a movimentação do líquido. Parar imediatamente o cronômetro e registrar o tempo.
Alça de Drygalsk ou também alça de platina é necessária para confirmar e segurar o coágulo presente no tubo.
Mais detalhes sobre colheita e preparo da amostra, interferências analíticas e outros informações, procure no site da LABTEST – http://www.labtest.com.br
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